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Saia do Molhado: campanha da SBU-RN alerta sobre incontinência urinária

No mês de março, a Sociedade Brasileira de Urologia do RN (SBU-RN) e todas as seccionais do país alertam a população sobre a incontinência urinária, com a campanha Saia do Molhado. A finalidade é conscientizar a população acerca das possibilidades de tratamento para essa condição que afeta homens e mulheres de variadas idades.

“É um problema que afeta crianças, homens, mulheres e idosos. Desde xixi na cama, que no caso das crianças, mulheres com incontinência urinária por esforço, homens com bexiga hiperativa, idosos com doenças neurológicas e outros processos inflamatórios. Então, todas essas condições são extremamente vexatórias, dificultando inclusive o contatos sociais das pessoas, de saírem de casa, de participarem de esportes. Então, procure seu médico, vá urologista, e todas essas condições são passíveis de tratamento, de cura e de controle para que essas pessoas possam voltar a ter vida social”, alerta o presidente da SBU-RN, Rafael Pauletti.

Segundo a International Continence Society, a incontinência urinária é a perda involuntária de qualquer quantidade urina – o que revela ser um problema bem mais frequente do que se pensa. Entretanto, é comum as pessoas pensarem que é algo distante, que só atinge uma determinada idade ou sexo. Esse é um problema que impacta negativamente a vida social do indivíduo até nas atividades simples e corriqueiras, levando à vergonha e aceitação em silêncio da condição. Até mesmo por traços culturais, por exemplo, há mulheres que aceitam como normal a perda de urina e por isso não procuram tratamento. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária acomete duas vezes mais as mulheres do que os homens, e cerca de 30-40% das mulheres com mais de 40 anos apresentam algum grau da doença. Apesar da idade ser um fator de risco importante – pois estima-se que pessoas a partir dos 70 anos têm quatro a cinco vezes mais chances de apresentar escapes de urina – a SBU alerta que a incontinência urinária não deve ser encarada como normal em nenhuma faixa etária, e que o paciente deve buscar tratamento adequado. 

“A idade é um dos principais fatores de risco, juntamente com a obesidade, o sedentarismo e o tabagismo. Além disso, algumas doenças neurológicas também podem levar o indivíduo a ter mais chance de perda urinária”, aponta o urologista e vice-presidente da SBU-RN, Pedro Sales. Falando ainda sobre as formas de tratamento, ele explica que a avaliação é feita por uma equipe multidisciplinar e as possibilidades de tratamento são variadas, desde medicações a cirurgias. 

“A incontinência urinária, basicamente, pode ser tanto de esforço como de urgência. No caso da incontinência urinária aos esforços, uma das principais formas de tratamento é a cirurgia de sling, em que se coloca uma ‘telinha’ para elevar a uretra e aumentar a resistência uretral aos esforços abdominais. Dessa forma, eliminando a perda de urina aos esforços. E no caso das incontinências urinárias de urgência, conhecida também por síndrome da bexiga hiperativa, além dos tratamentos fisioterápicos e medicamentosos, nos casos refratários nós podemos utilizar uma terceira linha de tratamento, que é a injeção intravesical, ou seja, na bexiga, de toxina botulínica, o mesmo botox que se faz para tratamentos estéticos. Há ainda uma cirurgia chamada de neuromodulação sacral, onde através de um aparelhinho que cabe na palma da mão, a gente estimula o nervo da bexiga, fazendo uma neuromodulação e diminuindo os sintomas de frequência urinária”, falou Sales acerca das possibilidades de tratamento.
Essa é uma condição que afeta também a saúde emocional das pessoas que convivem com ela, por gerar limitação das atividades do dia a dia e isolamento social. A campanha da SBU-RN visa desmistificar essa questão e mostrar à sociedade que a incontinência urinária tem tratamento, controle e, em muitos casos, cura. O tratamento varia de acordo com as especificidades de cada paciente, como a causa e a gravidade do problema, e pode incluir fisioterapia, medicações, procedimentos minimamente invasivos e cirurgias.

Lamonier Araújo

Lamon é o apelido carinhoso que Lamonier Araújo, Jornalista potiguar formado pela UFRN, recebe de seus amigos. Sempre disposto a ajudar a turma com dicas de lazer no Rio Grande do Norte, resolveu criar esse espaço pra facilitar a vida da galera. É repórter, produtor, baladeiro, desenrolado…

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