A presença de animais de estimação em bloquinhos de carnaval e festas de rua tem se tornado cada vez mais comum. No entanto, a folia e a diversão dos tutores podem ser sinônimos de estresse e riscos para os pets. Fatores como o aumento do barulho, a aglomeração de pessoas e o consumo de alimentos e bebidas inadequados podem colocar em risco a segurança, a saúde e o bem-estar dos animais.
De acordo com a médica-veterinária Kadidja Bezerra, assessora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio Grande do Norte (CRMV-RN), entre os principais cuidados a serem tomados durante as festividades estão manter os animais em local seguro e mais tranquilo, sob supervisão; evitar fantasias quentes e desconfortáveis, assim como horários de altas temperaturas; durante o dia garantir sombra e água fresca; e ter a identificação do animal na coleira e/ou microchipagem para o caso de fuga.
A médica-veterinária lembra ainda que a ingestão de restos de alimentos e bebidas, bem como de outras substâncias, podem levar a infecção ou intoxicação alimentar do animal. “É comum o uso de confetes, serpentinas e espumas recreativas em bloquinhos, que podem ser ingeridos ou até machucar os olhos do animal”, destaca.
Quanto às fantasias, a médica-veterinária sugere cautela. “Se você deseja colocar um enfeite ou fantasia no seu pet, que seja apenas para uma foto rápida. Não o deixe com uma vestimenta desconfortável por muito tempo, pois pode causar incômodo e estresse ao animal”, orienta ela.
Lembrando que, independentemente da data, o bem-estar dos pets deve ser sempre priorizado. No Carnaval não é diferente. “A diversão que buscamos não é necessariamente a mesma que o seu pet deseja ou precisa. Alguns dos princípios essenciais para garantir o bem-estar animal são permitir que o pet tenha controle sobre seu ambiente, oferecendo opções de escolha e garantindo um local seguro e confortável para atender suas necessidades”, explica a assessora técnica.
Por fim, Kadidja alerta sobre a prevenção de doenças: “Certifique-se de que o animal está com as vacinas em dia e que os antiparasitários foram administrados corretamente. Isso garante a proteção contra pulgas, carrapatos e mosquitos transmissores de doenças, como a leishmaniose”, conclui.