Para quem tem histórico familiar, o acompanhamento deve começar aos 45 anos; para aqueles sem fatores de risco, o rastreio deve começar aos 50 anos
O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma, segundo dados do Ministério da Saúde. Para o triênio 2023-2025, estimam-se 71.730 novos casos e mais de 16 mil mortes por ano.
Apesar disso, o preconceito e a desinformação ainda afastam muitos homens de realizar o rastreamento do câncer de próstata, fundamental para o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz da doença.
O médico urologista Arnaldo Santiago, professor de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, reconhecida como o melhor ecossistema de educação em saúde do país, destaca que o exame da próstata é uma das principais ferramentas na luta contra o câncer.
“Quando detectado no início, as chances de cura chegam a 90%. Por isso, incentivamos todos os homens, especialmente aqueles acima de 45 anos, a incluírem o exame em sua rotina de saúde”, afirma.
Exames complementares
O diagnóstico precoce é realizado, principalmente, por meio de dois exames: o exame de toque retal e a dosagem do Antígeno Prostático Específico (PSA), um exame de sangue que avalia alterações na próstata.
“Embora muitas vezes o exame de toque seja alvo de preconceitos, ele é rápido e essencial, pois pode detectar alterações que o PSA sozinho não identifica”, reforça o especialista.
Quem deve fazer?
O urologista enfatiza que homens com histórico familiar de câncer de próstata devem começar o acompanhamento aos 45 anos. Para aqueles sem fatores de risco, a recomendação é iniciar aos 50 anos.
“Além disso, hábitos saudáveis, como manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos e evitar o tabagismo, também contribuem para a prevenção”, acrescenta Santiago.
Durante o mês de novembro, diversas campanhas, como o Novembro Azul, são realizadas para desmistificar o exame e conscientizar a população masculina sobre a importância do cuidado com a saúde. “Nosso objetivo é salvar vidas. Deixar o preconceito de lado e priorizar a saúde é o primeiro passo para isso”, conclui o docente da UnP/Inspirali.