Livro “Mulheres Correm Perigo” será lançado nesta quinta (5) na Biblioteca Câmara Cascudo

A violência psicológica velada contra a mulher é o tema do livro Mulheres Correm Perigo: um manual de sobrevivência para vítimas de relações abusivas, da psicopedagoga potiguar Patrícia Almeida, que será lançado nesta quinta-feira (5/9), a partir das 18h, na Biblioteca Câmara Cascudo. 

Além do lançamento da obra, haverá um debate com a participação da autora e convidados sobre as violências praticadas contra mulheres e um momento musical da cantora Heli Medeiros, fortalecendo a presença da mulher na Cultura.   

Selecionado pelo Edital Federal de Chamamento Público da Lei Paulo Gustavo, lançado em 2024 pela Prefeitura de Natal, o livro, editado pela Offset Gráfica e Editora, tem prefácio assinado por Elaine Sanches, líder do Comitê Direito da Mulher do Grupo Mulheres do Brasil, núcleo Estocolmo e diretora da ONG Hultsfred Vimmerby Kvinnor Jour que acolhe mulheres vítimas de violência doméstica na Suécia. A obra foi lançada em formato de e-book em junho de 2023.

Gaslighting

De maneira pedagógica, a escritora apresenta procedimentos e atitudes que podem ser adotados para que as vítimas identifiquem, combatam e se desvencilhem do gaslighting, um tipo sutil de manipulação psicológica cometida principalmente contra a mulher.

As vítimas costumam se sentirem culpadas, questionando-se a respeito do que poderiam ter feito de errado para que a relação com seus parceiros não funcionasse bem. O motivo da culpa está no jogo emocional promovido propositalmente por parceiros abusivos para fragilizá-las emocionalmente. Patrícia Almeida também foi vítima de manipulação psicológica dentro do seu relacionamento. Após a superação dos danos psicológicos e materiais sofridos em sua vida, lançou-se profundamente em uma árdua pesquisa.

São apresentados detalhes sobre o perfil psicológico das pessoas que praticam gaslighting, como atuam para enganar as vítimas e de que maneira as mulheres poderão identificar se estão enfrentando um tipo de violência, que ocorre principalmente no ambiente doméstico e que, se não for percebida a tempo, poderá resultar em casos de depressão, suicídio e feminicídio.

“As leitoras poderão combater e, principalmente, se libertar das mãos dos abusadores, pois ser vítima de gaslighting não significa dizer que a vida acabou. As sobreviventes devem compreender que a vida ainda pode ter sentido e que é possível se reerguer do “fundo do poço”, assim como eu me reergui”, explica Patrícia Almeida.

A autora

Pedagoga pós-graduada em Gestão Educacional e Psicopedagogia Clínica e institucional, Patrícia Almeida trabalha profissionalmente na área há mais de 20 anos e, atualmente, faz pós-graduação em Psicanálise Clínica. É integrante do Coletivo “Mulheres Maravilhosas: por mais mulheres escritoras” e de clubes de leituras feministas, além de ser idealizadora do projeto “Elas Escrevem: uma conversa sobre literatura feminina”.

Organizou três coletâneas literárias, “Essas Mulheres: porque toda mulher tem muito valor!”, que promove a valorização da mulher na sociedade, “Da depressão à superação: porque a vida ainda pode ter sentido”, e “Tributo à Pessoa com Deficiência: porque o mundo ainda pode ser mais especial”.

SERVIÇO