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Quarteto “Boca Livre” retorna aos palcos e confirma apresentação em Natal

Quarteto volta a se reunir depois da separação em 2021 para lançar novo single, fazer shows, celebrar Grammy e trazer para as plataformas digitais dois álbuns clássicos.

Os primeiros versos da novíssima canção parecem trazer embutida a notícia que já corria à boca pequena, mas que agora é oficial. O que era vertigem, miragem para os fãs de música brasileira, tornou-se milagre, aparição. Eis a surpresa revelada: o BocaLivre voltou! O show em Natal acontece dia 28 de junho, às 21h no  Teatro Riachuelo Natal e os ingressos estão disponíveis em uhuu.com e na bilheteria do Teatro.

A separação, ocorrida em 2021, causada evidentemente pelas confusões da pandemia e as discordâncias da vida brasileira nos últimos anos, mostrou-se apenas uma pequena interrupção na trajetória de 45 anos do grupo. A velha amizade e principalmente a harmonia – musical em geral e vocal em particular – venceram.

Aparentemente conformados, ao contrário dos fãs, com a definitiva separação, David Tygel, Lourenço Baeta, Maurício Maestro e Zé Renato começaram a receber, no entanto, sinais de que não era bem assim. O primeiro sinal foi no início do ano, quando o Boca Livre ganhou o Grammy de melhor álbum de pop latino com “Pasieros”, no qual, a convite do compositor, interpretam a obra do panamenho Rubén Blades, disco gravado em 2011, mas lançado somente em 2022, trabalho atualíssimo que o grupo não teve oportunidade sequer de divulgar. Atrasados por causa de um engarrafamento de limusines em Los Angeles, David Tygel e Zé Renato chegaram à cerimônia de premiação um pouco depois de Lourenço Baeta agradecer num inglês assustado ao importantíssimo prêmio. Juntos, os três ligaram para Mauricio Maestro, que ficara no Brasil. Primeiro reencontro.

O segundo sinal foi a intenção do produtor original dos LPs, João Mário Linhares, de relançar nas plataformas digitais os dois primeiros – e míticos – discos do Boca. Ou seja, o destino estava a dizer que, sim, o Boca Livre tinha um presente a viver: festejar, badalar, e até quem sabe levar para o palco um disco novo que ganhou o prêmio internacional mais importante da indústria musical. E tinha um passado para cuidar: trazer para o mundo digital o inaugural Boca Livre (1979), famoso como fenômeno do disco independente que lançou o grupo e consagrou clássicos da música brasileira como “Quem tem a viola”, “Toada”, “Mistérios”, “Diana”, entre muitos outros; e o não menos importante “Bicicleta” (1980), com outros clássicos, e a participação de ninguém menos do que Tom Jobim em duas faixas (“Correnteza” e “Saci”) e do percussionista Naná Vasconcelos.

Passado para cuidar, presente para viver. E o futuro? Foi escancarado justamente pela canção citada no início deste texto, “Rio grande”, música novíssima de Zé Renato e Nando Reis – a primeira de um Boca Livre com um integrante dos Titãs, como se os anos 80 se unissem numa canção – que logo na primeira reunião foi percebida como ideal para marcar o retorno do grupo à música. Ela é nova e original o suficiente, mas com sua harmonia calcada no violão com cordas soltas, espaço para viola, solos vocais e aberturas de vozes, a temática da letra cheia de alusões à natureza que a faziam parecer também já um clássico do Boca Livre.

A volta aos shows já em novembro e até um documentário sobre a trajetória do grupo, a ser feito pela premiada diretora Susanna Lira (de “Clara Estrela”, sobre Clara Nunes), completam as muitas ações que parecem querer compensar com sobras os anos de ausência do grupo.

Então vamos organizar aqui como será a agitada volta do Boca Livre. A primeira ação, a partir agora do dia 22 de setembro, será o lançamento, pela gravadora Universal, dos dois primeiros álbuns do grupo nas plataformas de streaming. Muito oportuno, aliás, para um grupo que se refunda, voltar antes de tudo às origens. E o que se encontra lá? Em “Boca Livre” (1979), mais do que um desfilar de clássicos e a memória de um sucesso estrondoso – mais de 150 mil cópias de uma produção independente, fato inédito para a época – a consagração de um estilo logo no primeiro trabalho: as violas e violões se entrelaçando; os vocais sofisticados, cada voz como que fazendo solo sem perder a harmonia; o lançamento de composições de integrantes do grupo, “Toada” e “Quem tem a viola” de Zé (em parceria com Claudio Nucci, que fazia parte da primeira formação), “Mistérios” de Mauricio, “Minha terra” de David, e até uma composição de Lourenço, o clássico “Feito mistério”, que viria a entrar no lugar de Claudio apenas no segundo disco. Isso sem falar na impecável seleção de repertório, composições de autores ao mesmo tempo modernos e telúricos, gente como Milton Nascimento (“Ponta de areia”), Toninho Horta (“Diana”, “Pedra da lua”), Nelson Angelo (“Boi”, “Fazenda”), Geraldo Azevedo (“Barcarola do São Francisco”). E trazendo letristas da estirpe de Juca Filho, Fernando Brant, Joyce Moreno, Cacaso, Carlos Fernando.

SERVIÇO

BOCA LIVRE

Dia 28 de junho, sexta-feira, às 21h, no Teatro Riachuelo

Canais de vendas oficiais:

Bilheteria do Teatro Riachuelo (Terça a sábado, das 14h às 20h) ou no site uhuu.com

Lamonier Araújo

Lamon é o apelido carinhoso que Lamonier Araújo, Jornalista potiguar formado pela UFRN, recebe de seus amigos. Sempre disposto a ajudar a turma com dicas de lazer no Rio Grande do Norte, resolveu criar esse espaço pra facilitar a vida da galera. É repórter, produtor, baladeiro, desenrolado…

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