Desde o aniversário de 120 anos do Teatro Alberto Maranhão (24/03), o Governo do RN está em clima de comemorações, que se consolida com uma vasta programação cultural gratuita e de baixo custo.
O mês de março se despede neste domingo (31) e antecipa a programação do projeto “Abril das Artes”, realizado pelo Governo do Rio Grande do Norte por meio da Secretária Extraordinária de Cultura e da Fundação José Augusto (FJA). E de brinde, traz pela primeira vez ao palco do Teatro Alberto Maranhão (TAM) o premiado espetáculo “Jacy”, do Grupo Carmin, abrindo oficialmente a programação – em sua maioria de eventos gratuitos – que vem para celebrar mais um ano de grandes realizações artístico-culturais.
“Passado o carnaval e a Páscoa, que será comemorada neste domingo, a ideia desta programação é darmos início de fato e de direito a mais um ano repleto de programação cultural de boa qualidade, gratuita ou de baixo custo, acessível a toda a população potiguar”, disse Gilson Matias, Diretor Geral da Fundação José Augusto. Neste mês de abril, no Teatro Alberto Maranhão e demais equipamentos culturais geridos pela FJA, haverá estreias e reapresentações de espetáculos das melhores e mais premiadas companhias teatrais do RN, como Grupo Carmin e Casa de Zoé.
Além disso, durante todo o ano, haverá continuidade às comemorações do TAM 120 anos e também os eventos realizados com recursos do Programa Cultural Câmara Cascudo, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Para este ano, a governadora, professora Fátima Bezerra, assinou decreto que destina o montante de R$ 13 milhões de renúncia fiscal para o programa. “O evento de aniversário do TAM foi um sucesso, depois tivemos a abertura do Movimento Sinfônico, protagonizado pela gloriosa Orquestra Sinfônica do RN, e agora damos início ao ‘Abril das Artes’ com uma peça aclamada pelo público e pela crítica, desde sua estreia, em 2013”, destacou Ronaldo Costa, diretor do Teatro.
Para Henrique Fontes, que divide a cena com a atriz Quitéria Kelly, dirige o espetáculo e assina a dramaturgia juntamente com Iracema Macedo e Pablo Capistrano, estar no Teatro Alberto Maranhão pela primeira vez com “Jacy” é uma verdadeira honra, após 11 anos de estrada. “O fato de ser encenada neste dia 31 de março, data que completa 60 anos do fatídico Golpe Militar de 64, nos leva a refletir sobre um momento tão difícil para a política brasileira, época em que nossa personagem real, Jacy, esteve envolvida em uma importante trama política”, disse.
Os grupos convidados fazem a gestão dos ingressos e o primeiro lote para o espetáculo “Jacy” foi lançado pelo Grupo Carmin no Dia Mundial do Teatro (27/03), esgotando-se no mesmo dia. No entanto, o TAM reservou 100 ingressos para serem liberados uma hora antes do espetáculo, às 18h.
SOBRE JACY
Uma frasqueira encontrada no lixo contendo vestígios de vida de uma mulher de 90 anos. Este fato levou o grupo Carmin a conduzir uma investigação que durou três anos e resultou na peça de teatro documental intitulada: Jacy. O Grupo Carmin revela, durante uma hora de espetáculo, todo o processo dessa investigação e convida o público a acompanhar a vida de uma mulher que atravessou a 2ª Guerra mundial e a ditadura no Brasil; esteve no centro de um importante conflito da política no Rio Grande do Norte; viveu um amor estrangeiro e terminou seus dias sozinha na capital potiguar.
Com textos de Pablo Capistrano, Iracema Macedo e Henrique Fontes, Jacy revela fatos que muitas vezes ignoramos sobre o abandono dos idosos, a política oligárquica e o crescimento desenfreado das cidades brasileiras.
O espetáculo foi encenado em importantes festivais e mostras como o Festival Todos São Palco 2023 (Portugal); XVI Festival Cena Contemporânea (DF); a X Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo (SP); o 21º Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (CE); o 7° Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC), além de ter circulado por 18 estados brasileiros, através do Palco Giratório do SESC de 2016. Cumpriu temporada no SESC Copacabana em Março de 2016 e Janeiro-Fevereiro de 2017 no SESC Pinheiros em São Paulo. Classificação indicativa: 12 anos.