A proposta tem por objetivo promover um “processo de desintoxicação” das telas e incentivar atividades de interações com o conhecimento para além das tecnologias.
Em um mundo cada vez mais conectado, a tecnologia se tornou uma ferramenta essencial no processo de ensino-aprendizagem escolar. No entanto, o uso excessivo de smartphones em sala de aula pode se tornar uma distração, comprometendo o foco e o aprendizado dos alunos. Diante dessa realidade, diversos estados brasileiros promulgaram leis que regulamentam o uso de celulares em escolas, incluindo o Rio Grande do Norte, com a Lei n.º 11.674. O Colégio Porto já vem implementado medidas que restringem o uso de smartphones, limitando-o aos propósitos pedagógicos.
A nova Legislação “veda” o uso do celular nos horários de aula nas escolas de ensino fundamental e médio, e é válida para as redes pública e privada. “No Colégio Porto nós já tínhamos alguns direcionamentos dados a partir do guia do aluno”, afirma Kennia Isís, orientadora pedagógica da escola. A professora ressalta que a escola reconhece o poder da tecnologia como ferramenta, mas defende seu uso consciente e direcionado.
Seguindo a legislação vigente e as diretrizes da UNESCO, o Colégio Porto reforça a proibição do uso não pedagógico dos aparelhos, promovendo um ambiente educacional focado e livre de distrações. Para garantir a efetividade da nova política, a escola mantém um diálogo constante com pais e alunos, esclarecendo as implicações da lei e buscando a colaboração de todos para um ambiente educacional saudável.
“Nas reuniões de apresentação do início do ano, conversamos muito com os pais a respeito do cumprimento desta lei aqui dentro da nossa escola, para além das diretrizes que já existiam. O uso excessivo das telas faz com que o aluno foque no que chamamos hoje de dopamina barata, a lei do pouco esforço que traz uma recompensa imediata. Então, isso vicia o cérebro, como mostram os estudos na área da neurociência, da psicopedagogia, da própria pedagogia e da sociologia”.
A orientadora pedagógica Kennia Isís destaca a importância de um “processo de desintoxicação” das telas, incentivando atividades que promovam interações com o conhecimento para além das tecnologias. “O Colégio Porto investe em metodologias ativas, recursos pedagógicos práticos e atividades lúdicas que estimulam a criatividade, o trabalho em equipe e o pensamento crítico. Assim, trazemos para o dia a dia práticas de ensino e aprendizagem que também são ferramentas e que podem ser utilizadas em conjunto com as novas tecnologias da educação”, destaca.