O projeto Seis e Meia inicia a sua primeira temporada do ano, dia 06 (quarta), no Teatro Riachuelo, promovendo um encontro entre a nostalgia pop e o balanço afro-potiguar. A banda Renato e Seus Blue Caps, expoentes da Jovem Guarda e grupo de pop/rock mais antigo em atividade no Brasil, é o nome nacional da primeira edição de 2024. Criadores de hits que são cantados desde a década de 60, os Blue Caps vão mostrar que ainda sabem agitar um baile, Para abrir a noite, o cantor Sueldo Soares vai embalar a plateia com muito suingue nacional.
A força dançante da música dos Blue Caps passou no teste do tempo. Pessoas de diferentes gerações conhecem algum sucesso do grupo, canções marcantes sobre festas, namoros, conquistas de desilusões amorosas. Muitos hits da banda eram versões em português para músicas de artistas internacionais, algo bastante comum durante a era da Jovem Guarda.
Entre as pérolas do repertório dos Blue Caps estão “Não te esquecerei” (versão de “California dreaming”), “Menina linda” (“I should have know better”), “Até o fim” (“You won’t see me”), “Escândalo” *”Shame and scandal in the family”), “Feche os olhos”, “A primeira lágrima”, “A dona do meu coração”, “Ana”, “Memórias”, “A garota que eu gosta”, “Meu bem não me quer”, “Tudo que o que sonhei”, e “Por que os sonhos se vão?”.
A banda começou praticamente como uma brincadeira entre amigos do bairro que curtiam as mesmas músicas, no ano de 1959, criada pelos irmãos Barros. Por um breve momento em 1963, o cantor Erasmo Carlos também chegou a fazer parte da banda. O primeiro nome foi Bacaninhas do Rock da Piedade – nome que chegou a ser censurado. Eles decidiram então usar outro nome, inspirado na banda Gene Vincent and His Blue Caps.
O primeiro álbum, intitulado Viva a juventude!, saiu em 1965 e apresentou “Negro gato” – música que depois faria mais sucesso com Roberto Carlos. O maior hit do disco foi “Menina linda”, versão de um clássico dos Beatles. Com o fim da Jovem Guarda, o grupo gravou discos de forma regular até o fim da década de 1970. Depois, os álbuns foram rareando, mas não os shows, apresentados por todo o Brasil. Em 28 de julho de 2020, o vocalista, guitarrista e líder da banda, Renato Barros, faleceu aos 76 anos.