No próximo sábado a partir das 10h da manhã, na Praça Padre João Maria, Centro Histórico De Natal, vai começar o tradicional projeto de movimentação musical e social da capital potiguar, o CHORO DO CAÇUÁ, a Roda de Choro mais charmosa e democrática do Rio Grande do Norte.
O Projeto Choro do Caçuá surgiu em 2018, na Praça Padre João Maria, antiga Praça da Alegria, como assim foi chamada no início da cidade, por trás da antiga catedral de Natal, a partir da necessidade de tocar música instrumental, especialmente o choro, de abnegados músicos potiguares, tais como: Anchieta Menezes, Fernandinho Régis e Carlos Zens entre outros que passaram por lá e já consquistaram seus espaços no cenário musical da cidade.
O Projeto foi concebido no formato de uma roda aberta com o objetivo de construir uma dinâmica de apresentações que possibilite a interação de músicos experientes com artistas convidados, estudantes de música, amadores e demais espectadores presentes, como forma de estimular o interesse pelo choro e a música instrumental potiguar. Segundo o seu idealizador Carlos Zens, “ O legal da roda de choro é a interação com a população presente… o projeto tem uma base de músicos profissionais, contudo, consegue acolher pessoas que não, necessariamente, sejam músicos profissionais, conclui o maestro Zens”.
Para sobrevivência e manutenção constante das apresentações na Praça Padre João Maria e de forma itinerante, o Projeto conta a participação e aprovação em editais culturais organizados pelos poderes públicos municipais e estaduais, além de contar com a parceria da casa de poetas Estação do Cordel, Produtora Maria Boa e das contribuições financeiras voluntárias dos frequentadores do Projeto e, atualmente, vem estabelecendo uma importante parceria com a Escola Oficina Livre de Música, no sentido de estabelecer um apoio mútuo que passa pela manutenção do projeto na praça, intercâmbio cultural e inclusão de novos estudantes de músicas nas rodas realizadas pelo Choro do Caçuá.
Trata-se, portanto de uma ação de resistência cultural, didático e social que, apesar das dificuldades inerentes a consecução de todo projeto cultural e às necessidades de isolamento, causado pela pandemia de 2019, o Projeto choro do Caçuá continua vivo e vem participando ativamente de grandes eventos, obtendo relevantes conquistas para consolidação na música potiguar, entre elas: o Prêmio Hangar na categoria Projeto Especial em 2019, participou do Projeto Natal em Natal em 2022, produziu o clip mosaico virtual: “O Choro vive no Caçuá” pela lei Aldir Blanc I, participou do Pipa bossa e jazz na edição de 2022, em Nova Parnamirm realizou uma incrível roda de choro em comemoração, aos 25 anos da Escola Oficina Livre de Música, contando com a participação e adesão dos alunos, professores da escola e moradores do bairro.
O Choro é gênero musical genuinamente brasileiro surgido através da junção da música europeia com elementos da música africana, teve seu apogeu na década de 50, com Pixinguinha, Waldir Azevedo, Jacob do Bandolim, entre outros importantes músicos e compositores desse estilo musical.
No Rio Grande do Norte temos uma levada de grandes músicos chorões, tais como: K-ximbinho, Ademilde Fonseca(considerada a rainha do Choro), João Juvanklin, Alexandre Moreira. Para contribuir voluntariamente ou contato com o Choro do Caçuá, segue o pix do maestro Carlos Zens: 84 999551234.