Discutir o conceito de alma relacionando a anatomia humana à história da Ciência, por meio de uma abordagem simples e concisa. Essa é a premissa do e-book Anatomia em Busca da Alma, organizado por Bento João Abreu, professor do Departamento de Morfologia (DMOR), vinculado ao Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CB/UFRN). Partindo da pergunta: se temos uma alma e ela é material, onde ela se localiza no corpo? Abreu e outros professores e profissionais da Medicina tentam desvendar os mistérios da alma, enquanto exploram a anatomia humana. O e-book foi lançado em fevereiro de 2024 e pode ser adquirido pela internet.
O professor da UFRN, como um dos autores da obra, almeja dar evidência a algo que foi pauta no passado e que é, ainda hoje, muito relevante. “Discutimos sobre assuntos como transumanismo, inteligência artificial, eutanásia, células tronco e clonagem sem conhecermos a fundo a extraordinária saga pela busca da alma no corpo humano”, conclui.
Para Abreu, foi fascinante abordar temas como: Ciência e Espiritualidade; e a Alma na História. “Costumamos pensar apenas no presente e no que é palpável. Falamos da geração do embrião, do nascimento do bebê, no desenvolvimento do adolescente e do jovem e até sobre um envelhecimento saudável, mas e depois? Para mim, um cientista e professor de anatomia, foi muito instigante juntar temas tão reflexivos com a minha área de atuação”, comenta.
O livro contou com a contribuição de vários profissionais. Henrique Barros, presidente da Sociedade Brasileira de Anatomia (SBA), foi responsável pelo prefácio da obra. Para falar sobre a alma, foram convidados Rodson do Nascimento, professor de Ciência da Religião da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern), cientista social e padre anglicano; bem como José Medeiros Fernandes, cirurgião e professor de anatomia da Universidade Federal de Alfenas (Unifal). Os anatomistas Paulo Pardi e Wagner da Costa foram os responsáveis por escrever sobre os sinais divinos presentes no corpo. O posfácio da obra foi feito por Hélio Angotti, médico e atual coordenador do curso de medicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc).